terça-feira, 14 de setembro de 2010

São Vicente Ferrer



Na semente da doutrina



A Comitiva da Estrela Brilhante (Centro de Iluminação Cristã Estrela Brilhante Raimundo Irineu Serra - Maranhão) realizou na última sexta-feira, dia 9, em São Vicente Ferrer (MA), uma sessão “especial” da doutrina do Santo Daime com os parentes do Mestre, que até então não haviam tomado o sacramento. Uma delas é a Sra Rita Serra, de 79 anos, filha de Paulo Serra, tio e pai adotivo de Raimundo Irineu Serra. A visita e a sessão foram lideradas pelo sobrinho de Irineu, Daniel Arcelino Serra.










quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Missão divina na terra do maranhense Raimundo Irineu Serra

             

Por Mivan Gedeon

Em fevereiro de 2008, seu Daniel rcelino Serra, sobrinho de Raimundo Irineu Serra - fundador da doutrina do Santo Daime - tomou posse de uma área de 6 mil metros quadrados, localizado no município de Paço do Lumiar (21 km de São Luís), com o objetivo de realizar um sonho. A terra foi doada pelo oficial de justiça Humberto Leite, que, conhecendo a história e missão de seu Daniel, não hesitou em lhe entregar o terreno para a construção do Centro de Iluminação Cristã Estrela Brilhante Raimundo Irineu Serra (Cicebris), a primeira Igreja registrada do Santo Daime no Maranhão.

A doação do terreno era apenas o início de um desejo que o alimentava desde quando saiu do município de Penalva – MA, onde morava, em 1957, aos 17 anos de idade, para acompanhar seu tio até o Rio Branco (AC), onde acabou morando 50 anos de sua vida. Daniel não tinha idéia da importância do seu parente em terras acreanas, do qual era conhecido na região como Mestre Irineu. Os membros da comunidade que Irineu fundou desde 1930, o esperavam com grande expectativa, após três messes de ausência, em um período que a comunicação entre os estados ainda era ineficiente.

Para o seu Daniel, um adolescente recém chegado a uma terra cheia de mistérios e lendas indígenas, tudo era novidade, inclusive aquela excêntrica religião que tinha à frente seu próprio tio, denominada como Santo Daime - Religião da Floresta, que utiliza em seu ritual religioso a ayahuasca, uma bebida sacramental de origem indígena produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica - o cipó Banisteriopsis caapi (jagube) e a folha do arbusto Psychotria viridis (chacrona), que contém o princípio ativo dimetiltriptamina.

A primeira vez que tomou a bebida, seu Daniel disse que foi recebido por bandeiradas: “Quando nos chegamos, era festa, três dias de festa. Depois teve o trabalho. Eu! Como não sabia nada do que era aquilo, fiquei lá no meu cantinho. Meu tio então começou a distribuir aquela bebida para as pessoas. Me olhou assim… (fazendo cara de sério), mas não disse mais nada. Depois que terminou o trabalho fui a casa dele e bati na janela, onde costumava receber as pessoas, já tarde da noite e zangado. - Porque o senhor não me deu aquilo pra beber. O senhor disse que o comer e beber também daria pra gente. Aí ele respondeu calmamente – Ah, mas aquilo é diferente! Aquilo você tem que querer. Você quer!?. Ai Respondi – Quero, e agora!! Ainda com muita paciência, respondeu que só me daria em um dia de quarta-feira. No dia marcado, ele me chamou, me deu um copo de Daime e mandou eu deitar na rede. No começo não senti nada, mas depois uma cortina se abriu e umas mulheres bonitas começaram a sair, passando por mim e me dando bandeiradas no rosto. No dia seguinte estava me sentindo muito bem”, relatou.


De lá pra cá, muitas histórias se somaram na vida deste simpático senhor de 70 anos, que conviveu com Raimundo Irineu Serra de 1957 a 1971. A amizade e a cumplicidade entre os dois eram recíprocas. Tanto que no Estatuto de fundação do Centro de Iluminação Cristã Luz Universal (CICLU) - Igreja fundada por Raimundo Irineu em Rio Branco, localizada na Vila Raimundo Irineu Serra – mais conhecido como Alto Santo, da qual é patrimônio Cultural daquele Estado – seu Daniel ocupa o cargo de presidente. Função que acabou não exercendo por questões familiares. Hoje, quem representa a Igreja de Raimundo Irineu Serra, no Estado do Acre, é sua viúva, Peregrina Gomes.

Em 2001, de passagem por São Luis, aonde sempre vinha para matar a saudade de amigos e parentes, seu Daniel teve uma grande surpresa. Hospedado na casa de seu irmão, José Maria Serra Diniz, foi surpreendido por uma sobrinha que lhe mostrou uma reportagem sobre a doutrina do seu tio em um jornal local. Nele estava escrito que o Maranhão era o único estado do Brasil que não havia uma Igreja do Santo Daime.



“Essa notícia me comoveu bastante, no dia seguinte, quando estava deitado em uma rede na sala da casa do meu irmão, tive três sonhos, em um deles havia uma luz forte e meu tio pedia para eu retornar ao Maranhão e fazer esse trabalho. Depois disso, passei a vir mais vezes em São Luís, onde acabei encontrando pessoas que estão me ajudando a construir esta idéia. Só pude vir agora porque tudo tem seu tempo certo para acontecer. E esse foi meu tempo!”.


A partir de contato com algumas pessoas que já vinham realizando alguns trabalhos da doutrina em São Luís, o sonho de seu Daniel Arcelino Serra passou a ser possível. Levando-o a transferir-se com a família para capital maranhense, no final de 2006. Morou, primeiramente, no bairro da Pirâmide – no município da Raposa, onde iniciou os primeiros trabalhos de sua igreja com apenas quatro pessoas, incluindo seu irmão. Por falta de um espaço próprio, as sessões passaram a ser em diversos lugares, inclusive, na própria cozinha da casa dele. Em fevereiro de 2007, ele conheceu o pai de santo Cláudio Moreno, que tem um terreiro no mesmo bairro onde morava. Ficaram amigos e Cláudio ofereceu o salão do seu terreiro para Daniel realizar os trabalhos com o Daime.


Pai Cláudio revelou a seu Daniel que em uma de suas consultas no búzios, ele havia visto que chegaria a sua casa um filho de Oxum, do qual teria que ajudar. “Ao tirar os búzios para seu Daniel, vi que ele era filho de Oxum. E percebi logo que era dele que os búzios estavam falando”, lembrou pai Cláudio. Durante um ano as sessões da igreja que seu Daniel ainda pensava em fundar, passaram a ser realizadas na Comunidade Cristã Umbandista.




Até receber, em fevereiro de 2008, do seu Humberto Leite, a doação de uma área, que hoje é a sede oficial da Estrela Brilhante - como ficou conhecido seu Centro. Desde então, alguns eventos foram realizados, como o Encontro de Músicos do Santo Daime (outubro de 2007), que reuniu adeptos de todo o Brasil, inclusive exterior, como Canadá, Bolívia e Chile.

Seu Daniel conseguiu também levantar a Igreja, que hoje está 60% concluída, graças ao esforço de cerca de 30 pessoas que freqüentam a Estrela Brilhante. Os trabalhos da doutrina acontecem regularmente todos os dias 15 e 30 de cada mês e está aberta para visitações. Nem que seja para bater um papo saboroso, amoroso e cheio de sabedoria com seu Daniel Serra.

Santo Daime também é cultura maranhense




O sobrinho de Raimundo Irineu Serra, Daniel Arcelino Serra, realizou uma palestra para uma platéia curiosa em saber mais sobre este maranhense tão ilustre, que sua terra pouco conhece. Daniel, que reside na Grande São Luis há 3 anos, fundou a primeira igreja registrada do Santo Daime no estado, hoje chamada Centro de Iluminação Cristã Estrela Brilhante Raimundo Irineu Serra, carinhosamente conhecida por Estrela Brilhante, que está localizada em Paço do Lumiar.

O evento faz parte do Projeto Cinema no Museu, organizado pelo Cineclube Casarão 337 em parceria com o Museu Histórico Artístico e Cultural do Maranhão (MHAM), que promoverá toda quarta-feira do mês a exibição de um vídeo com palestras.


Em sua estréia, realizado no ultimo dia 7 de outubro, o vídeo contemplado foi o “Senhor da Floresta”, do jornalista Mivan Gedeon, que conta história do maranhense Raimundo Irineu Serra, fundador da doutrina do Santo Daime, que nasceu em São Vicente Férrer, interior do Maranhão.
Após a apresentação, foi realizada uma palestra com o maranhense Daniell Arcelino Serra, sobrinho de Irineu, um dos entrevistados do documentário e fundador da Estrela Brilhante, o jornalista Mivan Gedeon e o economista e adepto da doutrina Hugo Fonseca Neto. Daniel despertou o público maranhense ao contar sobre detalhes da vida de seu tio, que nunca esqueceu suas raízes. Muitos já tinham ouvido falar da doutrina, mas não imaginavam que seu fundador fosse um maranhense.

“Isso também é parte da cultura maranhense, estou levantando nomes de pessoas ilustres que nasceram e São Vicente e o Mestre Irineu não pode ficar de fora. E uma cultura nova para nos, mas importante também para o Maranhão. Não há dúvida que existe um grande potencial turístico”, disse o presidente da Associação Comercial para Assuntos de Turismo Convention Bureau, Nan Souza.



O Santo Daime é uma doutrina cristã cujo eixo doutrinário é fundamentado no espiritismo e em diversas expressões sincretizadas como o xamanismo e a umbanda, mas com fortes influencias da cultura maranhense, como descreve o artigo dos antropólogos Beatriz Caiuby Labate e Gustavo Pacheco, no livro “O Uso Ritualístico da Ayahuasca” (Ed. Mercado das Letras).

“O culto do Santo Daime foi formado a partir de um conjunto muito diverso de elementos culturais. Muito desses elementos pertencem a domínio amplo da cultura brasileira, como o catolicismo popular, cujo espírito se encontra presente em praticamente todo o país, ou as danças de origem européia que, devidamente abrasileiradas, foram incorporadas na cultura popular de diversas regiões, como a valsa e a mazurca, que hoje são dois ritmos básicos do Santo Daime…. Diversos trabalhos recentes tem dedicado a estudar a influência dessas subtrações, abordando, por exemplo, as religiões afro-brasileiras e a cultura dos seringueiros da Amazônia. Nesse contexto, pouca atenção tem sido dada às matrizes culturais especificamente maranhenses… que podem ter tido importância decisiva na formação do Santo Daime.”


Leia o artigo na íntegra:

sábado, 12 de setembro de 2009

Como Chegar Na Estrela Brilhante



Referências:

Estrada de São José de Ribamar / Bairro Rio São João (a 3km do Maibão)
Quando chegar em frente a escola municipal Gomes Sousa,
ficar atento a uma placa em um poste com os
dizeres "Estrela Brilhante", avisando para dobrar
para a esquerda. Depois é só seguir as estrelas que estão
nos portes de luz. Quando chegar em tres estrelas em
um mesmo porte, dobre a esquerda. Depois só seguir direto!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Data e Hora

00:00:00

sábado, 5 de setembro de 2009

O Túmulo do Mestre Irineu


* Juarez Duarte Bomfim
No seis de julho de 1971 o Mestre Raimundo Irineu Serra fazia a sua passagem para o mundo espiritual. Pouco antes disso, pessoalmente ele escolheu o local onde deveria ser deitado o seu corpo a terra fria, em terras da sua propriedade, no Alto Santo, atual Vila Irineu Serra, em Rio Branco-Acre.
Pisei na terra fria
Nela eu senti calor
Ela é quem me dá o pão
A Minha Mãe que nos criou
Foi em um lote de terra em frente a sua residência, do lado oposto ao antigo ramal, atual Estrada Raimundo Irineu Serra. Hoje, na antiga moradia do Mestre Irineu está abrigado o Memorial da Doutrina, situado ao lado esquerdo da residência da Madrinha Peregrina Gomes Serra, viúva do Mestre e dignatária do CICLU Alto Santo.
Vizinho ao túmulo do Mestre, localiza-se a casa de Leôncio Gomes da Silva e familiares (na Estrada Raimundo Irineu Serra, nº. 3838). Seu Leôncio foi designado para ser o presidente do Centro Livre fundado por Mestre Irineu. A escolha do lugar foi para que os familiares do seu Leôncio assumissem a responsabilidade pela limpeza, organização e segurança do recinto sagrado.
Dona Hortênsia Gomes, filha do seu Leôncio, cumpriu com eficiência essa missão até a sua passagem para a vida espiritual, em 2004. Hoje os cuidados com o Túmulo são da responsabilidade da própria Madrinha e as mulheres da irmandade.
O Túmulo do Mestre Irineu é lugar de devoção e peregrinação dos seus devotos; pouso dos aflitos, consolo dos desesperados que ali vão meditar e orar, em busca de uma luz, uma instrução.
É sítio também dos afortunados merecedores da Providência Divina que para lá se deslocam no intuito de agradecer as graças alcançadas. Lugar de pagamento de promessas, a prática de fiéis depositarem ex-votos no Túmulo foi desestimulada pela administração do lugar, e caiu em desuso. Ali não mais ocorre esse tipo de manifestação religiosa popular.
A ambiência é perfeita para o recolhimento meditativo: o Túmulo é envolvido em um lindo jardim de belas flores, onde silenciosos chegamos a este jardim e rogamos a Piedade da Mãe Divina. Ás vezes alegres vozes de crianças se ouvem ao longe, na vizinha Escola Raimundo Irineu Serra, herdeira da Escola O Cruzeiro, fundada pelo próprio Mestre Irineu.
Em meditação, sentimos a luz e força irradiada de dentro daquele mausoléu de azulejos azuis, e lembramos dos versos de conhecido hino doutrinário: “muitos pensam que é falecido, mas é vivo meu São Irineu”...
Sobre a tumba foi esculpida uma Cruz de Caravaca, logo abaixo está incrustada uma fotografia de Raimundo Irineu Serra com as datas de nascimento e falecimento (15/12/1892 – 06/07/1971). Depositados sobre o jazigo estão vasos de flores um porta-retrato com a fotografia do Mestre Irineu e permanentemente muitas velas acesas, sinal de eterno zelo dos seus fiéis pela memória do Querido Padrinho Irineu.
Á esquerda do sepulcro do Mestre descansa o corpo de Leôncio Gomes da Silva (11/02/1918 – 17/03/1980); à direita estão depositados os despojos do amigo e discípulo de primeira hora José Francisco das Neves Junior (22/10/1908 – 08/10/1990).
À direita dos túmulos dos três amigos e companheiros em Cristo encontramos um busto do Mestre Imperador Raimundo Irineu Serra Juramidam, feito em cimento e gesso e pintado de tinta metálica prateada: nesta iconografia o Mestre é representado com os olhinhos fechados, mirando...
Para garantir a memória e preservação do lugar, em 05/09/2006 um conjunto de edificações no Alto Santo foi tombado simultaneamente como patrimônio histórico e cultural de Rio Branco e do Acre, por decretos simultâneos do então governador Jorge Viana e do prefeito Raimundo Angelim. Entre outras edificações, o Túmulo do Mestre Raimundo Irineu Serra foi declarado Patrimônio do povo acreano.
Nesse recinto acontece na tarde de seis de julho, a partir das quatro horas, o principal evento anual de congraçamento de todos os centros livres daimistas que porventura possam estar ali representados: a Santa Missa rezada pela Madrinha Peregrina em memória do aniversário da passagem de Raimundo Irineu Serra para a vida espiritual. Após o ato litúrgico, todos se dirigem para os seus respectivos centros e igrejas para cantar o Hinário O Cruzeiro Universal, em louvor ao Divino Pai Eterno e a Rainha da Floresta.
Meu corpo na sepultura
Desprezado no relento
Alguém fala em meu nome
Alguma vez em pensamento?

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* Juarez Duarte Bomfim é professor universitário na UEFS-Bahia. Sociólogo e Mestre em Administração pela UFBA. Doutor em Geografia pela Universidad de Salamanca-España.

Formação da fila no enterro do Mestre


Essa formação no enterro do Mestre foi feita pelo seu Daniel, que segundo ele, foi chamado pelo Mestre um dia antes dele falecer e disse: “Aconteça o que acontecer, não esmoreça” (palavras do Seu Daniel Serra). No relato de seu Daniel, essas palavras vieram neste momento e ele colocou o pessoal nesta formação (foto e texto gentilmente enviados por Mivan Gedeon, com as bençãos de Daniel Serra).
Segundo parte do depoimento de Jairo da Silva Carioca " Durante o restante do dia e toda a noite de 06 para 07 de julho, foram cantados os hinários base da Doutrina por ele difundida. A emoção e o sentimento de dor e tristeza era visíveis, principalmente na execução dos hinos do hinário O Cruzeiro. O semblante de cada seguidor parecia flutuar em um fato que jamais eles esperavam que fosse acontecer naquele momento. Ao amanhecer, após longas horas de palestras e discursos de autoridades e oradores do centro, acompanhados pela Banda da Polícia Militar, em toque fúnebre, perfilados em fileiras masculinas e femininas, o Batalhão cantando os hinos novos, seguia para a morada final escolhida pelo Mestre, bem ao lado da residência de Leôncio Gomes da Silva, onde seu caixão baixou no túmulo envolto à bandeira nacional. A irmandade dava adeus ao Mestre, comovida, os 71 anos de história marcavam aquele momento inesquecível. Os mistérios e encantos de uma vida dedicada à bondade e ao companheirismo; abria-se um novo capítulo na história daquele povo. O Mestre agora descansa deitado eternamente em berço esplendido, ao som do mar e à luz do céu profundo".


Fonte: www.afamiliajuramidam.org

“Minha mãe, minha Rainha”


Irmã do Mestre, dona Maria Matos, mãe do seu Daniel Serra. Na foto ela está ao lado de dona Otília, esposa do seu Daniel e sua filha Maria. Dona Maria Matos, carinhosamente "Vó Cota", de "mariacotinha" (diminutivo muito usado no interior do Maranhão), chegou a tomar daime, inclusive, a morar em Rio Branco, após a passagem do Mestre. Teve a graça de receber dois hinos, um deles muito cantado no Centro de Luiz Mendes. É curtinho, mas bastante significativo... "Meu Barquinho azul/ Todo embandeirado/ Com poder divino/ Eu já estou curada (o)”. O outro, poucas pessoas lembram (foto retirada do álbum de família do seu Daniel Serra, gentilmente enviada e comentada por Mivan Gedeon). Juarez Duarte Bomfim acresta: "A Vó Cota, irmã do Mestre Raimundo Irineu Serra, foi levada pelo seu filho Daniel Serra para conhecer as terras sagradas do Alto Santo e lá permaneceu residindo (Rio Branco-Acre). Conta-se que, em visitas diárias ao túmulo do Mestre, ela entrava em longas conversações com ele, o Mestre Irineu. Quem passava pela estrada em frente ao mausoléu do Mestre nos finais de tarde a encontrava em animada conversação com o invisível. O singelo hino por ela recebido, hoje tem a graça de fechar o trabalho de Cura e Chamados do Padrinho Luiz Mendes, quando o Saturnino Mendes nos conta um pouco da vida desta simpática velhinha".

Fonte: www.afamiliajuramidam.org